Tratamento para estrias: saiba o mais recomendado para cada tipo

O que são e o que causa estrias?

As estrias são lesões causadas pela distensão da pele e, consequentemente, pela ruptura de fibras colágenas e elásticas, responsáveis por sustentar e dar elasticidade à pele. Ao serem rompidas, as fibras são preenchidas de sangue, dando origem a lesões (mini cicatrizes) avermelhadas ou roxas, levemente elevadas. 

Além de estarem atreladas ao fator genético, as estrias também podem surgir por diversas condições, como alterações hormonais, gestação, aumento repentino de peso e uso prolongado e excessivo de corticoides.

As estrias também podem surgir em decorrência de atividade física vigorosa (musculação) e por conta de algumas doenças, como é o caso das síndromes de Cushing, Marfan e Ehlers-Danlos.

Contudo, a má alimentação e outros hábitos não saudáveis, como falta de hidratação e o sedentarismo, também contribuem para o desenvolvimento das listrinhas vermelhas e brancas.

Tratamento para estrias

Existem diversos recursos para atuar na restauração do aspecto da pele estriada e, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhor será o resultado. Contudo, vale lembrar que tratamento para estrias tem como objetivo melhorar a estética, já que as estrias não causam dor ou qualquer prejuízo à saúde. 

As técnicas empregadas para tratar estrias visam estimular a formação de tecido colágeno nas lesões. Embora as estrias não desapareçam, os tratamentos disponíveis no mercado atualmente conferem ótimos resultados.

A seguir, você confere quais tratamentos são recomendados para cada tipo de estria: 

Roxas e avermelhadas

Essa é a fase inicial das estrias, pois estão avermelhadas, roxas, deprimidas e discretamente elevadas. Portanto, é o momento ideal para tratar as lesões e obter resultados mais perceptíveis. Nesse caso os procedimentos mais indicados são: 

Esfoliação

A esfoliação estimula a renovação das fibras de elastina e colágeno, sendo uma ótima aliada na prevenção. Manter a esfoliação em dia, além de hidratar a pele, pode ajudar a deixar a estria menos evidente. 

Ácidos

O uso de ácidos como o retinóico auxiliam na reconstrução do colágeno, o que torna as estrias menos aparentes. Contudo, só devem ser usados com prescrição médica e têm pouca eficácia em estrias antigas.

Vale ressaltar que os ácidos não são indicados para gestantes e lactantes!

Peeling químico

O procedimento também pode trazer bons resultados, pois estimula a recuperação da pele. Também é contraindicado na gravidez e pode ser combinado com outros tratamentos para potencializar a ação, como o uso de ácidos e microdermoabrasão.

A esfoliação produzida pelos peelings faz uma descamação superficial da pele, estimulando a produção das fibras colágenas e elásticas. 

Laser fracionado ou luz intensa pulsada

Outro tratamento frequentemente utilizado é o laser fracionado, que estimula os fibroblastos na produção de colágeno, melhorando a coloração e o aspecto das estrias.

Já a LIP, ou laser não-ablativo, que também estimula a formação de colágeno, atinge uma camada mais superficial da pele. Requer um número maior de sessões se comparado ao laser fracionado, porém, é menos agressivo. 

Ambos também não são recomendados durante a gestação!

Brancas superficiais e estreitas

Quando as estrias ficam brancas é porque já não há mais circulação de sangue nas lesões e o processo inflamatório cessou. Entre os tratamentos recomendados para tratar as cicatrizes dessa fase estão: 

Microdermoabrasão 

Esse é um procedimento que remove as células descamadas da derme por meio de cristais que lixam a superfície cutânea. A técnica também chamada peeling de cristais, estimula a renovação celular, a produção de colágeno e também podem ser utilizadas em estrias recentes e pequenas. 

Geralmente está associada à aplicação de peeling químico e uso de ácidos para incrementar os resultados, bem como favorecer a permeabilidade. Contudo, o método não é eficaz para estrias brancas. 

Microagulhamento

Microperfurações são feitas na pele a fim de estimular a produção de colágeno e aumentar a vasodilatação. É um procedimento que pode ser feito tanto na fase inicial das estrias (roxas ou avermelhadas), quanto também nas brancas superficiais e estreitas. 

As microlesões causadas também resultaram em renovação celular, com mais firmeza e sustentação da derme. Além dos tratamentos citados, sessões de laser fracionado estão entre as alternativas de procedimentos que podem gerar bons resultados em estrias brancas mais superficiais. 

Brancas profundas e largas

Esse é o estágio mais difícil de ser tratado. As estrias brancas, mesmo as mais finas, são apenas cicatrizes. Tratá-las pode reduzir a aparência, mas não há como reverter o acometimento da pele. 

Subcisão

Partir para esse procedimento é uma alternativa para casos mais críticos, quando as marcas são largas e profundas. A subcisão é um método cirúrgico em que é utilizada uma agulha que desloca a derme mais profunda, promovendo a ruptura das traves de fibrose. Ao produzir o trauma, o colágeno é estimulado.

A técnica é mais invasiva, o que torna necessário fazer uma avaliação cautelosa junto ao médico (a) dermatologista e cirurgião antes de optar pela subcisão. Os resultados se tornam visíveis somente após a recuperação completa, de 3 a 6 meses após o procedimento. 

Leia também: Estrias (vermelhas, brancas): como evitar? Veja tratamentos 

Quanto custa o tratamento para estrias?

Os preços variam de acordo com o tratamento escolhido, produto, clínica e região.  Ácidos podem ser encontrados entre R$50,00 e R$200,00, já os cremes corporais firmadores e anti-estrias podem ser adquiridos por valores entre R$30,00 a R$100,00.

Já em relação aos procedimentos estéticos realizados em consultórios, sessões de laser, a depender de qual tecnologia empregada e do tamanho da área a ser tratada, podem variar entre R$400,00 e R$2000,00. Já o microagulhamento custa em média R$250,00 a sessão. 

Por outro lado, o peeling químico pode variar de R$200,00 a R$1.000,00. A microdermoabrasão, dependendo da região a ser tratada, custa em média R$300,00 a sessão. 

Todos valores aplicados estão relacionados ao local, tecnologia adotada e experiência profissional, portanto, procure por orientação técnica especializada e certifique-se de qual a melhor e mais segura opção para tratar as estrias.

6 formas de prevenir as estrias

Como vimos, não há cura para as estrias, pois uma vez rompidas, as fibras não se regeneram mais. Claro, se estiverem naquela fase bem inicial, os procedimentos adequados podem ser bem satisfatórios.

Outro aspecto a ser levado em consideração é o fator genético. Muitas pessoas têm mais predisposição ao surgimento de estrias. Por isso, deixamos 6 dicas de como prevenir estrias no seu dia a dia:

Hidratação

A primeira e principal dica é: hidrate o seu corpo de dentro para fora. O consumo diário de água, na quantidade recomendada para as necessidades do seu organismo, é essencial para manter-se saudável.

A hidratação da pele, com o uso frequente de óleos e cremes específicos, também é fundamental para completar a rotina de cuidados. Hidratantes enriquecidos com silício orgânico e vitamina E, por exemplo, beneficiam a elasticidade da pele, o que dificulta o rompimento das fibras e a formação das estrias. 

Boa alimentação 

Consumir alimentos saudáveis, ricos em vitaminas e outras substâncias, é uma das premissas para preservar a saúde.

Fuja das frituras, doces, alimentos gordurosos, ultraprocessados, ricos em carboidratos e sódio. Invista naqueles que são ricos em vitamina A, E e C. 

Manter uma boa alimentação reflete na qualidade da saúde de maneira geral, e, consequentemente contribui com a construção de uma pele mais bonita e saudável. 

Ganho e perda de peso

O famoso efeito sanfona é uma das causas do surgimento de estrias. Portanto, evitar ganho e perda de peso de forma abrupta é também uma maneira de prevenir que as temidas marcas surjam. 

Aposte na prática de atividades físicas regulares para evitar não só as estrias, mas que você sofra com doenças crônicas.

Cremes e outros produtos de tratamento

A indústria da beleza apresenta inovações a todo momento, resultado de inúmeras pesquisas, combinações de ativos que auxiliam a manter a pele bem cuidada. 

Entretanto, quando o assunto são estrias, a eficácia de séruns, géis, cremes, loções e outros dermocosméticos está pautada mais na prevenção do que no tratamento em si.

Depois que as marquinhas aparecem, dificilmente elas desaparecerão apenas com o uso desses produtos. No entanto, são ótimas opções antiestrias e quando as lesões estão mais recentes, podem sim reduzir a aparência das marcas, potencializar a hidratação e renovação da derme. 

Quanto mais colágeno, menor o dano

Estimular a produção de colágeno é outro fator preponderante, pois uma pele hidratada e com mais colágeno dificilmente terá as fibras rompidas, ou seja, irá sofrer um impacto bem menor em virtude do estiramento. 

O colágeno é a proteína estrutural produzida naturalmente pelo corpo humano. Porém, depois dos 30 anos, essa produção cai drasticamente. Aí é que entra a necessidade de buscar alternativas para estimular a formação dessa proteína. 

Alimentos ricos em vitamina C, além de dermocosméticos que contenham ativos como o retinol e alfa-hidroxiácidos e procedimentos estéticos, estão na lista de fontes de colágeno. 

Controle no uso de medicamentos

Medicamentos, como os corticoides, podem causar estrias se usados em excesso ou consumidos em altas doses. Portanto, o uso desses fármacos, principalmente com alta concentração, não devem ser realizado por longos períodos.

Prevenir é sempre melhor que remediar e tratar. Por isso, adote hábitos saudáveis que serão benéficos para sua saúde como um todo.

E lembre-se: sempre que procurar por profissionais qualificados para o tratamento para estrias é fundamental para não ter problemas e consequências danosas à saúde.

Continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável para mais informações sobre saúde e beleza. 

Referências

• O que são estrias e como tratá-las? — SBDRJ;
• Estrias — SBCD;
• Estrias — Secretaria da Saúde.